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Psicóloga Ana Carolina Mainetti Terapia Online

Medo da morte ou Tanatofobia?

  • Foto do escritor: Ana Carolina Mainetti
    Ana Carolina Mainetti
  • 23 de set. de 2024
  • 7 min de leitura

Tanatofobia: medo da morte com características de fobia


A tanatofobia, caracterizada por um medo patológico da morte, acompanhado de sensações acentuadas de ansiedade, pode interferir nas atividades cotidianas a ponto de se tornar um tema central e limitar a vida de quem tem fobia de morte. As reações de uma pessoa com fobia são desproporcionais ao perigo real e causam muito sofrimento.


Já o medo da morte não patológico ocorre com a maioria das pessoas. Se tratam de preocupações com saúde, segurança e reflexões sobre a finitude da vida, podendo gerar sentimentos suportáveis de angústia e incerteza.



Por que sentimos medo da morte?


A busca pela sobrevivência é inerente à natureza humana, manifestando-se em um instinto profundo de temer a morte. É natural sentir ansiedade diante da finitude e da perda, seja ela pessoal ou de alguém próximo. 


O medo da morte pode ser dividido em quatro dimensões: 


  • o temor da própria morte;

  • o medo do processo de morrer;

  • a ansiedade sobre o pós-morte;

  • o medo da morte de entes queridos.


A morte nos aterroriza porque representa a perda irreparável de tudo o que amamos e valorizamos. É como uma despedida de tudo e de todos.


O processo de morrer é uma experiência solitária e pode ser dolorosa. O assunto "morte" nos confronta com a finitude e a fragilidade da vida, além de preocupação com o desconhecido após a morte física.


De certa forma, o tema traz angústia por estar entrelaçado com outros medos:


  • medo do tempo perdido;

  • medo do sofrimento;

  • medo do envelhecimento;

  • medo da solidão;

  • medo do desconhecido;

  • medo da perda;

  • medo de não ter controle;

  • medo do arrependimento.


Muitas vezes, a Tanatofobia, é desencadeada por experiências traumáticas, como a quase morte ou o falecimento de alguém próximo. Pessoas com doenças graves podem desenvolver um medo intenso da morte devido à ansiedade gerada pela própria condição de saúde.




Quais as consequências do medo da morte ou da Tanatofobia?

A morte, tema universal e atemporal, continua a intrigar e perturbar a humanidade. A filosofia oferece diversas perspectivas para lidar com essa questão existencial. O filósofo Epicuro, por exemplo, alegava que a negação da morte, combinada com a expectativa de uma morte dolorosa, é a fonte de todas as nossas neuroses.


O antropólogo Ernest Becker afirma que a formação do caráter humano está intrinsecamente ligada à negação da própria mortalidade. Essa negação cria uma barreira para o autoconhecimento genuíno e leva ao aumento do narcisismo e heroísmo. Conheça mais sobre estas ideias de Becker neste vídeo.


Portanto, o medo da morte pode ter consequências como: negação, busca por distrações, conformismo, ilusão de uma vida eterna ou adoecimento mental


A negação da morte se manifesta de diversas formas, tanto conscientes quanto inconscientes.


  • Negação consciente:


  • Evitação: Ignorar o tema da morte e adiar discussões sobre o fim da vida.

  • Distrações: Buscar atividades e prazeres que aliviem a ansiedade existencial.


  • Negação inconsciente:


  • Ilusão de eternidade: Acreditar que a morte não nos atingirá.

  • Vício: Usar substâncias ou comportamentos para escapar da realidade.

  • Comportamentos de risco: Ignorar a possibilidade de fatalidade daquela ação.


A Tanatofobia, caracterizada por um medo irracional e persistente da morte, pode ter um impacto profundo na qualidade de vida. Pessoas com essa fobia experimentam ansiedade intensa, ataques de pânico e evitam situações que as lembrem da morte. A sensação de impotência frente à morte, a solidão e a perda do sentido da vida são comuns nesse contexto.


O medo da morte, além de causar paralisia em quem apresenta Tanatofobia, pode se revelar de forma indireta, em sintomas aparentemente não relacionados, como uma inquietação generalizada, doenças psicossomáticas ou como raiz destes transtornos psicológicos:


Podemos limitar nossas vidas por meio do medo e da negação da morte ou realizar nossas vidas através da aceitação da morte. Neste sentido, algumas pessoas, a partir do medo da morte, buscam um crescimento pessoal através de um propósito de vida significativo ou pela construção de algum legado, como uma forma de imortalidade ou bom uso da oportunidade da vida.



Como aliviar o medo da morte?


O psiquiatra, escritor e psicoterapeuta existencialista Irvin D. Yalom afirma que confrontar a morte é o caminho para aliviar o medo dela. Olhar para a morte não precisa resultar em desespero e tirar o propósito de viver. Pelo contrário, encarar o tema é uma forma de despertar para uma vida mais plena e apaziguar o temor. Ele propões 3 estágios:


  1. Despertar: A consciência da morte e a intenção em refletir sobre ela pode gerar uma transformação pessoal. Ao perceber a brevidade da vida, as pessoas são motivadas a buscar um significado mais profundo.


  2. Busca por um ideal: Após o despertar, inicia-se uma fase de exploração de diferentes caminhos de vida. É nesse estágio que se reestrutura a vida para uma direção mais autêntica e plena, focando no que realmente importa. O tema da morte deixa de ser tão central, dando lugar a ações para a vida.


  3. Viver com a realidade do morrer: Tendo integrado a consciência da morte em suas vidas, as pessoas chegam a um estado de aceitação e serenidade. A morte, antes vista como uma ameaça, passa a ser encarada como parte natural da vida. Essa aceitação permite que as pessoas vivam cada momento com intensidade e gratidão.


Nesta mesma linha de raciocínio, o psicólogo e professor Paul Wong, recomenda a busca por uma existência repleta de sentido. Com propósito e felicidade, minimiza-se o peso dos arrependimentos ao final da vida e diminui-se o temor da morte.


As preocupações existenciais profundas trazidas pelo medo da morte podem ser angustiantes demais para administrar sozinho. Onde as pessoas mais encontram apoio para o alívio em relação à morte são: espiritualidade, psicoterapia e filosofia. Se você sofre com o medo da morte, considere todas estas opções:


  • iniciar um processo de terapia;

  • ler mais sobre filosofia;

  • explorar mais a espiritualidade (caso isso combine com você).



Como as pessoas no fim da vida lidam com a morte?

A psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross foi pioneira em identificar os mecanismos de defesa e reações emocionais que as pessoas em processo de doença terminal utilizam para lidar com a chegada da morte. Sua contribuição serviu como ponto de partida para inúmeras pesquisas sobre o luto e a morte. Ela propõe cinco etapas:

  1. Negação: "Não, isso não pode estar acontecendo comigo." É uma forma de defesa inicial, como um choque que amortece a realidade da finitude.

  2. Raiva: "Por que eu? Isso não é justo!" A raiva pode ser direcionada a si mesmo, a outros, a Deus ou à vida em geral.

  3. Barganha: "Se eu fizer isso, tudo voltará ao normal." É uma tentativa de negociar com uma força superior para reverter a situação.

  4. Depressão: "Não há mais esperança." A tristeza profunda e a perda de interesse pela vida são características dessa fase.

  5. Aceitação: "Eu estou pronto para o que vier." É a etapa final, onde a pessoa encontra paz e aceita a realidade da morte.



Como falar sobre a morte?


A morte, embora inevitável, é um tema frequentemente evitado nas conversas, o que contribui significativamente para a Tanatofobia.


Quebrar esse tabu pode ser transformador. Ao falar abertamente sobre a morte, podemos construir um relacionamento mais saudável com nossa própria finitude, diminuir o medo de morrer, expressar nossos desejos e apoiar aqueles que amamos. 


Essa conversa é especialmente importante para quem está cuidando de entes queridos idosos ou enfrentando uma doença terminal.


Cada um tem uma maneira diferente de abordar o assunto. Uns são mais diretos, enquanto outros usam uma linguagem mais suavizada como "quando você vier a faltar", "ir para um lugar melhor", "quando eu não estiver mais aqui".


Falar sobre a morte com crianças pode parecer uma missão delicada, mas é fundamental para que elas desenvolvam uma visão mais saudável sobre o ciclo natural da vida desde cedo. Use uma linguagem simples e adequada à idade da criança. Evite mentiras, ouça as dúvidas e responda sem entrar em detalhes excessivos. Comparar a morte com o ciclo da natureza, como o nascer e o morrer das plantas, pode facilitar a compreensão.


Mas, se você não se sentir preparado para falar sobre a morte ainda, converse com um psicólogo para explorar as causas e receber orientações.



Terapia para tratar a Tanatofobia e o medo da morte

Quando o medo da morte se torna excessivo e interfere na qualidade de vida ou mesmo quando se deseja aprofundar o autoconhecimento, a terapia é uma valiosa aliada. Ao proporcionar um espaço seguro e livre de julgamentos, o psicólogo oferece diversas ferramentas para lidar com esse medo:


  • Validando e compreendendo: O terapeuta valida as emoções e preocupações, demonstrando que seus sentimentos são legítimos. Há uma busca pela compreensão das causas do medo da morte. A validação de sentimentos e a consciência das raízes são fundamentais para o processo de cura.


  • Gerenciando emoções: Através de técnicas psicológicas, a terapia ensina estratégias eficazes para lidar com as emoções intensas relacionadas à morte, promovendo maior calma e bem-estar.


  • Construindo significado: Ao explorar valores, crenças e objetivos de vida, é possível encontrar um propósito maior, o que ajuda a reduzir a ansiedade existencial e a dar mais sentido à vida.


  • Acompanhando o luto: Para aqueles que lidam com perdas recentes ou com a antecipação da perda, a terapia oferece um suporte especializado para processar as emoções e encontrar formas saudáveis de lidar com a dor.


  • Ultrapassando o medo: Com o auxílio da terapia, é possível confrontar o medo da morte de forma gradual e construtiva, desenvolvendo uma nova perspectiva sobre a mortalidade e encontrando aceitação.


Ao buscar terapia, a pessoa com Tanatofobia recebe os meios necessários para transformar o medo da morte em uma experiência mais tranquila e até mesmo enriquecedora. Ao invés de ser dominado pela ansiedade, é possível viver uma vida mais plena e significativa, mesmo diante da inevitabilidade da morte.



Como eu posso ajudar


Posso ajudar você, que se identificou com este artigo sobre Tanatofobia e medo da morte através da psicoterapia online. Possuo experiência neste assunto e posso ajudar você!


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Psicóloga Ana Carolina Mainetti

CRP 08/17342



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