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Psicóloga Ana Carolina Mainetti

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Mudança de comportamento

  • Foto do escritor: Ana Carolina Mainetti
    Ana Carolina Mainetti
  • há 6 dias
  • 5 min de leitura

Atualizado: há 6 dias

Este texto pretende esclarecer como são as fases da motivação para a mudança de um comportamento indesejado. O ciclo de estágios de mudança pode ser útil para entender melhor cada etapa e como são os pensamentos e atitudes sobre a mudança de algum comportamento prejudicial. Embora uma mudança seja possível, ela não é simples porque envolve altos e baixos cognitivos, comportamentais e emocionais. 


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Modelo de mudança de comportamento


Os autores DiClemente e Prochaska criaram o Modelo Transteórico de Fases da Mudança de Comportamento para avaliar a prontidão de um indivíduo para agir em um novo comportamento mais saudável, descrevendo 5 estágios: pré-contemplação, contemplação, preparação, ação e manutenção.


Foi usado para ajudar as pessoas na superação de vícios e comportamentos problemáticos, como abuso e dependência de álcool ou drogas, alimentação excessiva e tabagismo. No entanto, é útil para qualquer comportamento prejudicial que precise ser substituído por outro mais apropriado, como em casos de: procrastinação, infidelidade, bullying, atividade física, ruminação mental, TOC, jogo, gastos excessivos, abuso de medicamentos, cleptomania, bulimia, anorexia, acumulação, vício em telas, comportamento explosivo ou qualquer comportamento exagerado.



As 5 fases da mudança de comportamento


1.Pré-contemplação

Na fase de pré-contemplação, a pessoa não reconhece a existência de um problema ou não tem consciência dele. Tende a negar os impactos negativos de suas ações e, por isso, não vê motivos para mudar seu comportamento.


Supervaloriza as desvantagens (contras) da mudança e subestima seus benefícios (prós), muitas vezes sem se dar conta desse viés cognitivo. Por essa razão, não há intenção de mudar o comportamento em breve.


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Alguns indicadores de que alguém está neste estágio incluem:


Tanto familiares quanto profissionais podem encontrar dificuldade em fazer com que a pessoa admita o problema e se engaje em um tratamento ou em um processo de mudança, causando frustração e desesperança.

 

As abordagens de intervenção recomendadas neste estágio envolvem:


  • fazer escuta ativa;

  • demonstrar empatia;

  • aceitar a resistência em vez de confrontá-la;

  • auxiliar na análise dos riscos de suas ações atuais;

  • identificar as vantagens da mudança.

 

2.Contemplação

Nesta etapa de contemplação, a pessoa já reconhece a existência do problema e considera a mudança de comportamento. O foco está na análise dos custos e benefícios (prós e contras) da mudança, sem ainda ter efetivado nenhuma mudança prática.


Embora esteja mais consciente das vantagens de mudar, as desvantagens percebidas ainda se equilibram com esses benefícios. Portanto essa ambivalência pode levar a um adiamento da tomada de medidas necessárias para a mudança de comportamento de fato.


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Indícios de que a pessoa está na contemplação incluem:


  • sentimentos conflitantes em relação à mudança;

  • incerteza;

  • indecisão;

  • dificuldade em dar passos em direção ao novo comportamento.


Estratégias de intervenção que se mostram eficazes incluem questionar as crenças da pessoa para aprofundar sua compreensão sobre o comportamento prejudicial e investigar as potenciais barreiras à mudança.


É importante lembrar que abandonar um hábito antigo, que em muitos casos oferecia alguma forma de conforto ou utilidade, pode ser intimidador. Portanto, o auxílio pode ser direcionado para reforçar o senso de propósito da pessoa.

 

3.Preparação

A fase de preparação é marcada pela prontidão para agir, onde a pessoa começa a dar os primeiros passos rumo à mudança de comportamento.


Inicia com pequenas ações que considera úteis para incorporar o novo comportamento saudável em seu dia a dia, como: comunicar as pessoas sobre a mudança, fazer pesquisas, estabelecer objetivos, providenciar recursos, agendar profissionais de ajuda, etc.


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Uma estratégia importante é a definição de metas pequenas e atingíveis, acompanhada da elaboração de um plano para alcançá-las. É o momento de fazer os seguintes preparativos:


  1. Identificar os recursos necessários (materiais, apoio, dinheiro, habilidades);

  2. Avaliar de forma realista o nível de dificuldade da mudança;

  3. Antecipar potenciais obstáculos ou "armadilhas".


Essa clareza sobre os pontos que requerem atenção, as habilidades a serem desenvolvidas e as possíveis soluções para problemas futuros permite uma preparação eficaz e aumenta as chances de sucesso.


4.Ação

Na fase de ação, a pessoa já realizou a mudança de comportamento, e seu foco passa a ser o esforço contínuo para manter esse novo padrão.


Manter essas alterações pode ser desafiador e gerar pensamentos ou emoções angustiantes. Por isso, é fundamental reforçar o compromisso com a mudança e resistir à tentação de retroceder.


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O progresso neste estágio é alcançado através do aprendizado de técnicas de manutenção, como:


  • Substituir atividades ligadas ao comportamento prejudicial por opções positivas;

  • Recompensar-se pelas ações tomadas em direção à mudança;

  • Identificar e combater crenças permissivas;

  • Evitar pessoas e contextos que possam levar à recaída.


À medida que a pessoa se torna mais ativa no processo de mudança, o papel de profissionais e familiares torna-se menos ativo.


As intervenções nesta fase incluem revisões regulares das motivações, dos recursos disponíveis e do progresso alcançado, além de reconhecer e celebrar os avanços.


5.Manutenção

Na fase de manutenção, a pessoa consolidou a mudança de comportamento e está agora empenhada em integrar a nova atitude ao seu estilo de vida.


É necessário que a pessoa mantenha a consciência sobre as circunstâncias que podem levá-la à recaída, como momentos de estresse, contratempos, gatilhos e tentações.


Um bom desempenho nesta fase é evidenciado por um compromisso consistente com a mudança, a ação proativa para evitar tentações e o desenvolvimento de sólidas habilidades de enfrentamento.


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As intervenções recomendadas incluem:


  • Incentivar a autorreflexão e a autoconsciência de forma contínua;

  • Alertar sobre o risco de recaída que pode decorrer do excesso de confiança;

  • Promover a mentalidade de que uma eventual recaída deve ser vista apenas como um pequeno contratempo, e não como um fracasso total.

 

Terapia para mudança de comportamento


Inicialmente, o foco terapêutico percorre desde a expressão de empatia e a escuta ativa na fase de pré-contemplação até o trabalho com a ambivalência e a indecisão na contemplação, ajudando a pesar prós e contras e a questionar crenças limitantes.


A compreensão a respeito das raízes psicológicas do comportamento prejudicial, bem como de aspectos mais profundos da psique, são fundamentais para evitar o deslocamento do comportamento danoso para outro também prejudicial.


À medida que a terapia avança, migra para um papel mais prático e de estratégia e apoio. Na preparação, o foco se torna a definição de metas pequenas e a criação de um plano de ação realista, identificando recursos e antecipando obstáculos.


Nas fases de ação e manutenção, a terapia serve como um recurso de reforço do compromisso, prevenção de recaídas e espaço para autoconhecimento contínuo.


O objetivo final da terapia é ajudar o paciente a integrar o novo comportamento em sua identidade e estilo de vida, alcançando um estado de mais clareza sobre seus valores e propósitos.


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Como eu posso ajudar


Se você se identificou com esse artigo e precisa de ajuda para mudar algum comportamento que está sendo prejudicial, sou uma psicóloga com bastante experiência no tema. Posso ajudar você com terapia online.


O agendamento das sessões é eletrônico no meu consultório virtual que fica na plataforma de terapia online Zenklub. Lá você pode conferir o valor da sessão e a minha agenda. Caso precise, há um passo a passo de como agendar no meu site.


Ficarei feliz em te ajudar nessa mudança!


Psicóloga Ana Carolina Mainetti

CRP 08/17342

 
 
Ana Carolina Mainetti - CRP 08/17342
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